4 de nov. de 2007

Sobre o Tim Festival

No último dia 31, como todo mundo já deve saber, rolou o último dia do Tim Festival. A etapa curitibana contou com a presença de Hot Chip, Björk, Arctic Monkey e The Killers. Fui mais pela expectativa de ver o Arctic Monkeys, que é uma banda que gosto bastante (apesar do segundo álbum estar bem aquém do primeiro, em minha opinião), um pouco por The Killers, que gosto de uma coisa ou outra, e principalmente pelo preço, que pra estudantes tava saindo por 30 reais.

No dia acabei chegando meio “tarde”, bem quando o Hot Chip estava pra começar a última música. Pelo pouco que vi, gostei dos caras, ao menos ao vivo eles parecem se virar bem, mas claramente 99% do público não estava ali pra ver essa banda, tanto que pouquíssima gente se empolgou com os caras.

Logo foi a vez de Björk entrar no palco, e devo confessar que eu não gosto das músicas dela nem um pouco... Não é questão de odiar, mas sim de não ser algo que me atinja, não é o tipo de música que me diga alguma coisa. Bom, de qualquer forma devo elogiar a produção do show dela, os efeitos utilizados funcionaram muito bem, até pra alguém que não curte muito a islandesa, teve alguns momentos empolgantes.

Com um pouco de atraso, o Arctic Monkeys entrou no palco e não me decepcionou nem pouco. É impressionante como as músicas não perdem nenhuma qualidade em relação ao estúdio, inclusive ganham mais peso, o que as torna ainda melhores. Tá certo que como fã chato, eu colocaria algumas músicas a mais, e trocaria outras, mas o set foi muito bom, misturando material dos dois álbuns e incluindo uma música ainda inédita. Pena que como tocavam uma música logo em seguida da outra, sem nenhuma pausa quase, a impressão que ficou é que foi um show com um set ainda menor do que teve... inveja do pessoal que foi no Rio de Janeiro e conferiu 5 músicas a mais.

Mais uma vez o palco teve que ser remontado, e com cerca de meia hora de atraso (o que é ruim, mas ainda assim é melhor do que o padrão brasileiro de achar que é normal um show atrasar cerca de 3 horas, e que ninguém deve reclamar de algo do tipo), entra o Killers, no que foi o melhor show da noite. Sério, danem-se esses sites e revistas metidos a entendidos de alta cultura, que dizem que a produção é cafona, que tem todo um clima “kitsch” nas músicas e nas poses do vocalista.

O importante é que o Killers sabe fazer um excelente show ao vivo, os membros têm boa presença de palco, e sabem dosar a hora de soltar um hit e agitar ainda mais a galera. Pena que muita gente já tava cansada e acabou não animando o show muito em algumas horas, mas mesmo assim o Killers foi a melhor atração da noite. Merecia sem dúvida uma segunda vinda ao Brasil, dentro do Tim Festival ou não, de preferência sozinhos, assim dava pra aproveitar um set ainda maior.