15 de abr. de 2008

Jogos incentivando a aprender instrumentos musicais



Guitar Hero foi aquele tipo de jogo que não causou nenhum alarde antes de seu lançamento, mas teve grande impacto depois de lançado, gerando milhares de vídeos no youtube de gente tocando e se achando um "guitar god", além de diversas discussões se é humanamente possível ou não atingir 100% em Through the Fire and Flames no modo Expert.


Na minha opinião a melhor conseqüência do lançamento de um jogo do tipo (até agora me pergunto como não tinham pensado em fazer algo do tipo antes... é basicamente o mesmo esquema de um DDR da vida, sem o tapete ridiculo e com músicas boas) não são as horas divertidas passadas na frente da TV "tocando" clássicos do rock, mas sim o fato de que pra muitas pessoas, esse foi o primeiro contato delas com esse estilo de música.

Pode não ser 100%, mas acredito que muita gente que só se concentrava no que é pop atualmente, teve curiosidade de conhecer mais sobre rock depois de uma partida de Guitar Hero. Passaram a ver rock como um estilo divertido e agradável aos ouvidos, ao invés de se manter no esteriótipo de "música para cabeludos revoltados" que ainda persiste.


Outra coisa legal é que Guitar Hero também incentivou muita gente em deixar a vergonha ou preguiça de logo e começar a arriscar algumas notas num instrumento musical de verdade. Está certo que existe uma diferença imensa entre conseguir tocar Carry On My Wayward Son no jogo e na vida real, mas pelo menos o jogo estimula a vontade dos jogadores em querer pegar uma guitarra de verdade e tentar reproduzir as músicas e solos que viu lá.

Em uma época onde ainda é muito comum ouvir que videogames incentivam jogadores somente de forma negativa, acho até engraçado que a mídia ignore jogos como Guitar Hero e Rock Band, que apesar de não transformarem ninguém em um novo Zakk Wylde ou Mike Portnoy, são um bom incentivo pra quem, não fosse o videogame, nunca tentaria aprender um instrumento musical na vida.

14 de abr. de 2008

Dicas de sites

Antes de mais nada, vou fazer um merchan básico pro outro blog em que comecei a participar, o BNBlog, dêem uma passada por lá.

Agora umas dicas de sites pros amantes de música:


Last.fm - Antigo audioscrobbler, mistura rede de relacionamentos, foruns, vídeos e músicas em um só lugar. Após um pequeno registro e a instalação de um plug-in, o site vai armazenar estatísticas de quantos músicas você ouviu no geral, separando por diversos rankings, como as tocadas mais recentemente, um top semanal de bandas mais ouvidas, além de quais bandas e faixas mais escutou desde seu registro. Também é possível adicionar amigos lá e conferir a compatibilidade de gostos que cada um tem. Outros bonus do site é a possibilidade de ouvir rádios online, receber recomendações sobre bandas, participar de foruns específicos (semelhantes às comunidades do orkut) e assistir vídeos de seus artistas favoritos.


Musicovery - Recomendado praqueles que gostam de conhecer artistas novos ou simplesmente curtem ouvir músicas aleatoriamente, o musicovery tem um sistema onde é possível selecionar qual "clima" musical se quer ouvir no momento, selecionando os estilos favoritos que se quer ouvir. As músicas são por streaming, possuindo pouca qualidade sonora, mas satisfatória o suficiente para o que o site se propõe. Para os interessados, é possível comprar as músicas disponíveis no iTunes, Ebay ou Amazon.


Seeqpod - Semelhante ao musicovery, tem como principal diferença que a escolha de músicas não é aleatório. É possível, através de uma pequisa no site, encontrar sites que possuam mp3's e ouvi-las através de streaming. Também localiza vídeos e artigos sobre os artistas pesquisados. A vantagem é poder ir direto no artista que se gosta, porém é muito comum encontrar links quebrados, o que torna muitas vezes frustrante o processo de ouvir determinadas faixas.

11 de abr. de 2008

Ode ao passado

Por que temos tanto a tendência de endeusar aquilo que foi feito no passado e simplesmente desprezar ou colocar em um nível abaixo aquilo que surge de novo? Em matéria de rock isso é o que mais se vê: artistas (que eu particularmente acho muito bons) como Eric Clapton, Tony Iommi e John Petrucci são colocados num pedestal de infalibilidade pelos fãs; mesmo as piores músicas que já escreveram e seus maus momentos são louvados como verdadeiros momentos de genialidade.Já com nomes menos conhecidos ou que surgiram mais recentemente, a conversa é outra: ou o cara simplesmente "copia" tudo que os "mestres" já fizeram, ou está destinado a ser modinha e ser esquecido em breve (o que não deixa de ser verdade em grande parte dos casos).


Um exemplo de artista que se encaixa na categoria mencionada é John Mayer: seu começo de carreira tem uma base bastante pop (Room For Squares), porém mostrou no decorrer dos seus cds que tinha mais a oferecer do que simplesmente músicas como Your Body Is a Wonderland. A prova disso é o disco Continuum, onde se sente mais livre para mostrar suas influências de blues, soando pop sim, mas bem mais sofisticado do que 90% que se pode encontrar por aí (remetendo inclusive à face mais pop do já mencionado Eric Clapton, citando como exemplo as canções Change The World e Tears In Heaven). Mas por mais que tecnicamente seja um artista bom, simplesmente por seguir um caminho mais acessível, é desprezado pelos "verdadeiros amantes de blues e rock", que se recusam a se ouvir um artista que vende (como se ser popular significasse necessariamente estar associado ao demonio, ou pior, à elite porca capitalista que janta criançinhas em seus salões de mármore).


Minha crítica em relação a isso é que basicamente eu vejo que quem age assim peca em dois pontos principais: se torna incapaz de fazer uma análise crítica de seus ídolos, e por mais que não goste de determinado trabalho feito por estes, não consegue ser verdadeiro a ponto de admitir que os artistas que gosta têm sim defeitos, mas isso não é motivo para deixar de aproveitar o que eles produziram de bom. Já o segundo ponto é justamente naquele de ter uma visão estreita musicalmente, e preferir ficar no seu mundinho seguro a procurar coisas novas... eu tenho a opinião que o medo das pessoas não é odiar o que ouviram de novo, mas sim admitir que gostam. Imagine que vergonha, alguém que ouve gente como B.B. King ou Frank Sinatra reconhecendo talento em um cara como Jamie Cullum? Meu Deus, que escândalo, não? No final, cai sempre na mesma história: as pessoas se levam a sério demais e não são capazes de deixar um pouco a máscara que usam de lado... afinal, melhor a pose de cool e de intelectual do que admitir que tem um gosto variado, não?


P.S: Sim, esse post começou com um objetivo e acabou mudando pra outro. Se estiver confuso ou mudar subitamente de um assunto pro outro... bem, me processem.