28 de out. de 2007

Richie Kotzen


Não poderia deixar de fazer um post pra esse guitarrista/cantor/compositor extremamente competente que nos últimos tempos constitui 80% das músicas que ouço. Richie Kotzen é o que podemos chamar de um artista completo.


O cara, além de ter uma das melhores técnicas que já vi com a guitarra (e um estilo inconfundível, que une elementos do hard rock, com uma pegada de soul bem evidente e elementos bem “funky”), ainda é um puta compositor e tem uma voz excelente, passando grande feeling em tudo que canta.

A carreira do cara resumida: Começou a tocar inspirado por um pôster do Kiss que tinha em seu quarto, e já aos 17 anos chamava atenção por sua técnica de shredding (que consiste em tocar em altíssima velocidade a guitarra, aliada a grande habilidade técnica). Logo assinou contrato com a Shrapnel Records, selo especialista em artistas do estilo, e já lançou seu primeiro disco, intitulado simplesmente Richie Kotzen.


Um tempo depois, acabou assumindo a guitarra da banda de glam rock Poison, mas logo após o álbum Native Tongue (que inclui um dos maiores sucessos escritos por Kotzen, a música Stand) ele foi despedido da banda, pelo seu envolvimento com a ex-noiva do baterista Rikki Rockett. Continuou sua carreira solo lançando quase anualmente um álbum melhor do que o outro (destaque para o clássico Mother Head’s Family Reunion de 94), e em 99 se uniu ao Mr Big, substituindo o guitarrista Paul Gilbert. Participou de dois álbuns antes que a banda chegasse ao seu fim em 2002, tendo como seu maior sucesso nessa fase a música Shine.


Kotzen continua com sua carreira solo, lançando material com cada vez mais qualidade. É impressionante o talento que o cara tem, mesmo saindo um disco novo por ano, não se vê queda de qualidade de um pra outro. Isso sem contar os trabalhos que fez com nomes como Greg Howe e Stanley Clark, e o cd que lançou como parte da banda Forty Deuce. Ao vivo o cara também humilha, mostrando ainda mais feeling do que o que já fica evidente no seu álbum. A turnê que fez recentemente pelo Brasil acompanhado com o ex-companheiro do Mr Big, Eric Martin, prova isso.


P.S: Todas as fotos desse post são do show que Richie Kotzen fez em Curitiba no dia 28/9 deste ano.

Stand


Mother Head's Family Reunion


Doin' What The Devil Says To Do

19 de out. de 2007

Como músicas refletem nosso estado de espírito

É impressionante um certo efeito que acontece quando se aprofunda muito no mundo musical e se procura conhecer diversos estilos. Basicamente esse efeito se trata de se achar que determinados momentos tem musicas perfeitas, que se tocassem naquele momento tornariam tudo mais interessante, mais intenso (e não só momentos felizes, também os tristes, aliás, acho que principalmente os tristes).

No livro Alta Fidelidade, do escritor Nick Hornby, o personagem principal, Rob Fleming, um aficcionado por música que tem como hobby fazer top-10's dos mais diversos assuntos (desde 10 melhores músicas de Neil Young até 10 maiores foras que já levou), apresenta uma tese interessante: e se todos nossos momentos de tristeza e infelicidade só acontecessem por causa de músicas tristes?

Explicando melhor: E se de tanto ouvir músicas que falam sobre separações, amores mal resolvidos, não tenha ficado no nosso inconsciente uma vontade de que os relacionamentos terminem e as coisas dêem errado, só pra que possamos curtir uma fossa? Eu não chegaria a ser tão radical quando Rob foi ao formular essa tese, mas é inegavel que toda música tem um efeito no humor e expectativas de uma pessoa.

Não que seja impossivel, nem loucura acontecer o contrário, mas é mais provavel que alguém quando está feliz e de bem com a vida vá ouvir alguma música do The Kooks do que algo do Honorary Title quando for tirar um tempo para pensar. Acredito que a música que ouvimos reflete não só nossa personalidade, mas também o estado de espírito pelo que passamos.

Para terminar o post, como o personagem Rob Fleming, farei um top 10 de músicas que no momento resumem pelo que estou passando:

10 - The Honorary Title - Petals
9 - The National - Daughters Of The Soho Riots
8 - R.E.M. - Country Feedback
7 - Neal Morse - Outside Looking In
6 - Kings Of Convenience - The Weight Of My Words
5 - Engenheiros do Hawaii - Refrão de Bolero
4 - Derek And The Dominos - Bell Bottom Blues
3 - The National - About Today
2 - Richie Kotzen - Rust
1 - Richie Kotzen - The Shadow

15 de out. de 2007

MTV faz escola novamente

E não é que a MTV surpreendeu (de forma negativa) mais uma vez todos que ainda acreditavam um pouco na pouca seriedade que a emissora parecia conservar? Chega nas lojas hoje o Acústico MTV Paulinho da Viola, numa prova que só colabora aos argumentos contra esse formato mais que manjado, que já expus num post anterior.

Não que Paulinho da Viola não tenha seus méritos como compositor, mas simplesmente não faz sentido lançar com uma embalagem acústica algo que já é acústico por natureza. Caberia mais lançar esse disco com a marca "Mtv ao vivo" do que lançar mais esses atestado de falência do formato CD + DVD de artista tocando acompanhado de violinos e outros instrumentos de corda (o famoso Acústico MTV).

10 de out. de 2007

Mr. Big


O Mr. Big é o tipico caso de um grupo que todo mundo ouviu e conhece alguma música, mas nunca lembra pelo nome. Iniciado em 89, com Eric Martin no vocal, Paul Gilbert na guitarra, Billy Sheehan no baixo e Pat Torpey na bateria, os caras reuniam duas características bem marcantes: músicas de fácil assimilação e membros com grande capacidade técnica.

Começaram a ter grande sucesso, principalmente no Japão, após o lançamento do segundo álbum, Lean Into It, recheado de grandes hits, como Green-Tinted Sixties Mind, Voodoo Kiss, Daddy, Brother, Lover And Little Boy, e especialmente To Be With You, aparecendo três semanas na primeira posição do Top 100 da Billboard e aparecendo entre as mais ouvidas em 20 países.

Uma das características que vale destacar na banda, é a relação de amor bastante evidente que possui com seus fãs orientais. Dos seus 6 álbuns ao vivo, 4 foram gravados no Japão e um em Singapura, somente um sendo gravado nos Estados Unidos, terra natal do Mr. Big.

Em 96, após o disco Hey Man, a banda perdeu Paul Gilbert, que saiu para se dedicar a uma carreira solo. A banda sempre teve problemas internos que de uma maneira ou outra conseguia gerenciar, e fala-se que a saída de Gilbert seja devido a discussões com Billy Sheehan e Eric Martin sobre qual direção o som da banda devia seguir. Depois disso, a banda deu uma pausa até 99, ano no qual retornou anunciando Richie Kotzen (Ex-Poison) como substituto de Gilbert.

Mas essa formação não durou muito tempo. Após dois álbuns com Kotzen, as divergências internas do grupo cresceram tanto que em 2002 a banda decidiu encerrar de vez suas atividades, apesar do sucesso que músicas do seu útlimo álbum,. especialmente “Shine”, vinham fazendo no Japão. Os ex-integrantes continuam em projetos solo, alguns especialmente geniais, como os de Paul Gilbert e Richie Kotzen, este último inclusive se apresentou recentemente no Brasil, com Eric Martin abrindo os shows da turnê.

Green-Tinted Sixties Mind



Shine


To Be With You