29 de ago. de 2007

Não pode ir a um show? A internet pode ser a solução

Não há nada que substitua a experiência de um show ao vivo de uma banda que se gosta. Desde o fato da banda estar ali pertinho, até o ambiente onde tem centenas (ou até milhares) de pessoas que gostam da mesma coisa que você ali, cantando junto todas as letras e curtindo cada momento do show, é inigualável.

Mas o que fazer quando se gosta de uma banda que nunca faz turnê pelo Brasil, e nunca lançou um cd ou dvd ao vivo pra ao menos dar um gostinho de como pode ser essa apresentação? Uma das soluções pode ser os sistemas de video por streaming, que ganham cada vez mais qualidade de imagem e diversidade de bandas. Vou falar sobre dois que conheço, que considero excelentes: o Fabchannel e o Baeble Music.


Fabchannel (www.fabchannel.com)

Possui uma lista bem grande com artistas de diversos estilos, que abrangem o rock, o hip hop, cantores/compositores solo, heavy metal, soul, pop, punk, entre vários outros. É possível, após um rápido registro, formar a própria playlist com músicas de shows diversos, além de extras como poder adiciona o link para shows completos em blog pessoal.

O problema do site é que ele é realmente pesado, recomendado somente pra quem possui uma banda larga robusta, no mínimo de 500k, mesmo assim correndo o risco de ficar lento. Isso acontece porque a exibição dos shows é feita por streaming direto, não há um sistema similar ao do youtube, por exemplo, onde se possa pausar no começo de uma música, esperar ela carregar para então assisti-la. Ou seja, dependendo do estado da sua conexão, prepara-se para muitas travas durante a exibição (o que pode variar, vídeos mais recentes ou com qualidade de imagem maior costumam apresentar esse problema de forma mais constante).

A seleção de bandas inclui nomes bem diversificados, como Stereophonics, Nightwish, Little Man Tate, Cansei de Ser Sexy, The View, The Holloways, Van Der Graaf Generator, Explosions In The Sky, The Arcade Fire, Dimmu Borgir, The Gathering e Trivium, além de centenas de outros, tanto conhecidos quanto desconhecidos. Recomendo muito pela qualidade de imagem e som, mas só para aqueles que possuem uma conexão robusta que aguente o tranco.


Baeble Music (www.baeblemusic.com)

O Baeble é uma alternativa mais voltada pra quem curte bandas mais desconhecidas, ou que busca algo novo no estilo que curte. A seleção é bem menor que a do Fabchannel, mas a vantagem é que é possivel esperar uma música carregar completamente antes de assistir o vídeo, o que evita eventuais "travas" durante a exibição.

Não é possivel formar a própria playlist que nem no Fabchannel, e há bastante publicidade no site devido ao seu pequeno porte. É possível assistir todos os shows na integra por streaming, ou baixar para o HD, mediante registro no site e o pagamento de determinado valor por show. A seleção musical e os gêneros são bastante restritos, mas a qualidade de imagem e som também é excelente, o que garante uma boa experiência pra quem assiste pela tela do PC. No momento a maior atração do site é um show do Mando Diao, inclusive foi dessa forma que o conheci, através de uma propaganda que anunciava esse show no youtube.

23 de ago. de 2007

Chroma Key


O Chroma Key não pode ser considerado bem como uma banda, mas sim como um projeto pessoal de Kevin Moore. Depois de ter conquistado fama mundial como um dos membros fundadores e tecladista da banda de heavy metal progressivo Dream Theater, Moore saiu da banda logo após o lançamento do álbum Awake, considerado por alguns o melhor trabalho já realizado pelo Dream Theater.

A musicalidade do Chroma Key é bem diferente, misturando algo do rock progressivo com bastante elementos eletrônicos, com uso intensivo de sintetizadores, mas sempre com uma atmosfera meio ambient, de certa forma até melancólico, com os vocais feitos por Moore ajudando muito a diferenciar seu trabalho de demais bandas e projetos. É possível escutar todos os álbuns diretamente do site do Chroma Key, através de streaming.

Como curiosidade: Os três discos da banda, Dead Air For Radios, You Go Now e Graveyard Mountain Home foram todos gravados em locais diferentes do mundo, bem distantes entre si, no estúdio próprio de Moore em cada local por onde passava. Dead Air foi gravado na Jamaica, enquanto Graveyard Mountain Home foi gravado em Istambul, onde Moore estava trabalhando na trilha sonora de um filme na época.



Quantcast

19 de ago. de 2007

Reunião de "clássicos" do rock

Acho impressionante essas bandas que passam anos separadas, seja por brigas entre os ex-integrantes ou por desgaste natural, que de uma hora pra outra conseguem resolver problemas que durante anos foram um impecilho para uma reunião, e se reúnem para um turnê mundial que lucra milhões baseada nos maiores hits da banda (que é claro, acaba se traduzindo em um disco de "inéditas" de qualidade duvidosa).

Parece brincadeira ver quantas bandas atualmente se encaixam nesse caso. E o pior, não são nem bandas que nunca fizeram sucesso e quiseram tentar mais uma vez, mas sim nomes que possuem um certo peso, e cujos integrantes se deram muito bem na carreira solo. O caso mais recente é o The Police, que após anos separados voltou a se apresentar, inclusive tocando em um grande evento como o Live Earth (é claro, só tocando grandes sucessos que já completam mais de 20 anos de existência, como Message In a Bottle e I Can't Stand Losing You).

O Van Halen já anunciou que vai iniciar uma nova turnê com David Lee Roth, vocalista original da banda que há 22 anos não fazia mais parte dela (turnê está que tinha sido anunciada há algum tempo atrás, mas só agora parece realmente sair do campo dos boatos ou do "queremos fazer"). Ah, e o The Verve (aquela banda de Bittersweet Symphony e The Drugs Don't Work), separado em 1999, já anunciou uma reunião, prometendo um álbum de inéditas.

Talvez o caso mais notável seja o do Queen, atualmente Queen + Paul Rodgers. Brian May deveria estar morrendo de vontade de descolar mais alguns milhões pra sua conta quando decidiu chamar o ex-vocalista do Free e do Bad Company para substituir o insubstituível Freddy Mercury. Tudo bem, não é necessariamente algo ruim, mas simplesmente não é Queen. O fato de Rodgers ter basicamente assumindo que mal conhecia a discografia do Queen, se resumindo aos álbuns da linha Greatest Hits não ajuda muito. Ah, e um cd de inéditas também já está no forno.

Talvez a única excessão no meio dessas reuniões seja o Heaven and Hell, que reúne a formação do Black Sabbath responsável pela gravação dos clássicos Heaven and Hell e Mob Rules. Só por evitarem utilizar o nome do Sabbath pra divulgar a turnê essa reunião já se diferencia das demais, e os membros já anunciaram que isso não passa de algo passageiro, com os integrantes se dedicando ao que estavam trabalhando anteriormente, sem querer abusar da boa vontade dos fãs.

O que dá pra tirar de todas essas reuniões? Por um lado é bom poder ver certos grupos que se separaram há tempos se apresentando juntos novamente, pra um fã que só conheceu The Police através da carreira solo do Sting deve ser o máximo poder ver a banda reunida novamente. Mas sempre fica no ar aquilo, de que é só uma reunião oportunista feita por senhores já com seus 40 ou 50 anos de vida (no caso do Heaven and Hell, já passando dos 60), que preferem a tranquilidade e a segurança de se apresentar com um nome consolidado do que se arriscar a produzir algo novo, sem a mesma garantia de sucesso.

15 de ago. de 2007

Música = Religião?

Fico impressionado com a tendência que certos "fãs" tem de endeusar seus ídolos, colocá-los num pedestal intocável, isentos de qualquer tipo de crítica, mesmo que construtiva. Como no futebol, parece uma religião, com a diferença de que não importa o desempenho ou qualidade, sempre vai ter aquele fã fanático que vai adorar tudo que é feito, mesmo que seja um trabalho sofrível.

Parei de frequentar comunidades de bandas no orkut justamente por isso: enquanto se procura uma discussão no mínimo amigável sobre o trabalho de determinado grupo, o que se vê é diversas pessoas fazendo ofensas pessoais a quem ousa criticar o que quer que seja. Pra completar a situação, existem aqueles cujo único propósito é a criação de perfis falsos para atrapalhar comunidades, tentando ofender de forma gratuita diversas pessoas, só por gostar de determinado artista.

Admito que já fiz muito isso, de sentir que uma critica ou ofensa a determinado artista era uma ofensa a mim mesmo, afinal, havia ali tanta identificação que parecia que uma ofensa à música que fazia sentido para mim era algo pessoal. Parando pra pensar, dá pra facilmente concluir que isso é algo simplesmente rídiculo.

Exercer uma crítica ao que se gosta é uma atividade bastante saudável, até pra apreciar mais o trabalho de determinada banda, e poder ver a evolução (ou involução) que sofreu de um trabalho pra outro. Serve até pra poder assumir sem culpa que se gosta de algo totalmente comercial e descartável, sem correr o risco de cair no ridículo de dizer que é fã imortal de um artista que em 6 meses será esquecido até pela própria mãe.

12 de ago. de 2007

Gentle Giant


O Gentle Giant foi uma das melhores bandas de rock progressivo surgidas durante a década de 70. Formada pelos irmãos Derek, Phil e Ray Shulman, em conjunto com Gary Green, Kerry Minnear e uma série de bateristas, a proposta da banda era "expandir as fronteiras da música popular contemporânea, com o risco de se tornar muito impopular".


Lançaram 12 álbuns no período em que ficaram ativos, todos bastante complexos, que utilizam de aspectos como rápidas mudanças no tempo, compassos diversificado, além de instrumentos fora do convencional, muito deles de origem medieval (nos créditos de um álbum, chegou a constar o uso de 46 instrumentos diferentes).




Talvez a principal diferença do Giant para as demais bandas do estilo seja o uso de vocais múltiplos e sincronizados, que dão um toque muito bacana às músicas da banda. Conforme os anos foram passando, o som da banda foi se tornando cada vez mais acessivel e comercial (embora ainda seja bastante complexo), fato que foi acentuado com o foco no público norte-americano adotado no final de sua existência. Apesar de terem terminado em 1980, ainda há grande interesse por material da banda, e esporadicamente há o lançamento de material ao vivo, como dvds e cds especiais.



On Reflection




The advent of Panurge



Proclamation

8 de ago. de 2007

Suburban Kids With Biblical Names



Vinda da Escócia e formada por Johan Hedberg e Peter Gunnarson, o Suburban Kids With Biblical Names foge totalmente do convencional. Não espere aqui um pop nos moldes tradicionais ou uma banda de indie rock convencional, com letras tentando soar espertas ou com uma sonoridade depressiva que só falta o ouvinte se suicidar ou dormir de tão entediante.

Classificado como "Twee Pop", a dupla tem um som que mistura batidas eletronicas com instrumentos tradicionais, sempre com um clima bastante animado. As letras aquela mesma coisa de sempre, tratando de amores platônicos, a volta às origens, etc, mas sempre bastante divertidas. Vale a pena destacar Loop Duplicate My Heart, que basicamente é uma música sobre ficar em casa, sozinho e fazendo música no computador, feliz com a comodidade da tecnologia e com os fones de ouvido que impedem os vizinhos de reclamar. Um verdadeiro hino para todos os nerds que não tem vergonha de sua natureza.

Na discografia da banda constam os Ep's #1 e #2, e um cd chamado (de maneira nada surpreendente) #3, e atualmente está no estúdio gravando um novo álbum, que, é claro, já teve seu nome anunciado como #4. Altamente recomendada pra quem quer fugir do convencional e procura alguma música alegre, descompromissada e cheia de referências à vida nerd.

Loop Duplicate My Heart


Funeral Face


Rent a Wreck

6 de ago. de 2007

Office Of Strategic Influence - O.S.I


O Office Of Strategic Influence começou como um projeto solo do guitarrista Jim Matheos do Fates Warning, que chamou o baterista do Dream Theater, Mike Portnoy para utilizar seus talentos no álbum. Matheos chamou Steven Wilson do Procupine Tree para cantar no álbum, mas este teve que recusar por não achar que o estilo do O.S.I combinava com o trabalho que estava fazendo na época.

Logo se uniram a banda o tecladista Kevin Moore (ex-Dream Theater, atual Chroma Key, na primeira colaboração que fez com Mike Portnoy em quase 10 anos), grande colaborador dos primeiros álbuns do Fates Warning, e Sean Malone para ocupar o posto de baixista e tocar o Chapman Stick. Faltando preencher somente o posto de vocalista, chegaram a considerar Daniel Gildenlöw do Pain Of Salvation para o posto, mas como os vocais de Moore já estavam sendo utilizados de forma satisfatória nas versões preliminares das músicas, logo se tornou evidente que ele deveria também assumir esse posto. Mais tarde Steve Wilson mudou de idéia e chegou a colaborar com os vocais na faixa shutDOWN do primeiro álbum.

O nome Office Of Strategic Influence tem como origem uma agência do governo norte-americano criada em 2001 para combater o terrismo, através de operações psicologicas em países escolhidos, com a utilização maxima de propaganda para tentar conquista a população civil e desestabilizar possiveis grupos terroristas dessa forma. A agência foi desfeita logo após suas atividades se tornarem públicas.

Quanto à sonoridade da banda, é basicamente um metal progressivo, mas com bastante elementos eletrônicos, com a influência bem clara de sintetizadores em determinadas músicas. Pra quem conhece o trabalho de Kevin Moore no Chroma Key esses elementos já devem soar bastante familiares. Enfim, as raízes da banda estão no heavy metal, mas com bastante espaço pra experimentações que a diferenciam dos demais projetos do gênero. Até agora já foram lançados dois álbuns do projeto: Office Of Strategic Influence, em 2003 e Free, em 2006. Também foi lançado um EP chamado re:free, que contem remix de três faixas do segundo álbum.

Free



Hello Helicopter



Our Town

2 de ago. de 2007

Ben Kweller


Nascido em 81 na California mas criado durante a maior parte da sua vida na cidade de Greenville, no Texas, Ben Kweller foi exposto à música bem cedo. Começou a tocar bateria aos 7 anos, ensinado por seu pai, mais tarde aprendendo guitarra e piano. Aos 15 anos fazia parte da banda Radish, que apesar de ter um contrato com a Mercury Records, não obteve o sucesso esperado e logo foi desfeita.


Aos 19 anos, Kweller se mudou para Nova Iorque junto de sua namorada Liz Smith, para investir em sua carreira solo. Nesse período fez alguns shows acústicos e lançou alguns EPs independente, contendo material não lançado pelo Radish e algumas canções própias. O EP Freak Out, It's Ben Kweller rendeu a ele um convite para uma turne pelos EUA e Europa acompanhando a banda The Lemonheads, logo depois conseguindo um contrato com a ATO Records.

Kweller já tem 3 álbuns em sua discografia: Sha Sha, de 2001, On My Way de 2004 e Ben Kweller, de 2006. Dá pra sentir uma certa influência de bandas como Nirvana em determinadas músicas, principalmente no material mais antigo, mas a maioria das músicas se constituem num pop "bubblegum", músicas faceis de escutar e com refrões que ficam facilmente grudados na mente.

Sundress




Penny On The Train Track



Wasted & Ready