22 de dez. de 2007

Melhores do ano - Parte 2

Eu ia fazer um post todo bonitinho, com fotinhos dos cds, detalhes do lançamento e tal, mas se fosse insistir nessa idéia, provavelmente eu nunca iria atualizar isso aqui.

Segue a segunda parte dos melhores do ano, dessa vez somente com cds que sairam no ano de 2007:


The Return Of Mother Head's Family Reunion
Richie Kotzen - The Return of Mother Head's Family Reunion/Go Faster

A proposta do Kotzen nesse cd era fazer composições mais voltadas pro hard rock, assim como foi o clássico Mother Head's Family Reunion. Bom, eu não posso falar muito porque considero todos os cds do cara excelentes, com excessão de uma ou outra música. Enfim, um disco muito bom, com elementos hard rock, blues, fusion etc, coisa já comum pra quem conhece o trabalho do cara. Destaque pras faixas Fooled Again, Faith e Dust.

Somewhere In The Between
Streetlight Manifesto - Somewhere In The Between

Terceiro cd dessa banda de ska, e segundo de inéditas (depois da palhaçada que foi a regravação do clássico Keasbey Nights). O que mais me atrai nessa banda é que apesar de ser ska, ela tem muito peso, e as letras são bastante inteligentes, algo que por si só conta muitos pontos. Enfim, não chega a ser tão bom quanto a estréia Everything Goes Numb, mas mesmo assim se provou um lançamento excelente. Destaque para The Blonde Lead The Blind, Somewhere In The Between e Would You Be Impressed.

Into The Wild
Eddie Vedder - Into The Wild

Primeiro trabalho solo de Eddie Vedder, foi criado como trilha sonora do filme do mesmo nome. Eu gostei principalmente porque... bem, eu acho a voz do cara muito boa, e sou alvo fácil pra lançamentos acústicos, eu confesso. Quem procura algo semelhante ao que o cara faz no Pearl Jam, passe longe. É um trabalho bem mais intimista, em que o destaque é todo pra voz e a interpretação das letras. Destaque para Hard Sun, Society e Setting Fourth.

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Engenheiros do Hawaii - Novos Horizontes - Acústico

O que tinha tudo pra ser somente um acústico MTV Volume 2 superou minhas expectativas. A adição de músicas inéditas misturadas com antigas mais lado-b rendeu muito bem. O maior problema do cd é justamente o Humberto Gessinger. Por que digo isso? Bom, porque ele inventou que sua filha Clara deveria cantar em duas das músicas do disco, e digamos que a garota não é lá das melhores cantoras. Destaques são Não Consigo Odiar Ninguém, No Meio de Tudo Você e Eu Que Não Amo Você.

Close as you get
Gary Moore - Close As You Get

Ok, admito que não conhecia o trabalho do Gary Moore, e que esse é provavelmente o cd que comecei a ouvir mais recentemente a entrar na lista, mas seria quase um crime não incluir isso aqui. Um disco ótimo de blues, com uma voz e uma guitarra marcantes. Não sei o que dizer, basicamente é um álbum excelentes, daqueles que se ouve do início ao fim sem pular nenhuma faixa e logo se quer repetir. Destaque pra ótima abertura If The Devil Made Whiskey, Thirty Days e a versão para Eyesight To The Blind.

Night falls over kortedala
Jens Lekman - Night Falls Over Kortedala

Jens Lekman é um cara que consegue provocar acima de tudo estranheza pelo tipo de música que faz. Parece que se está ouvindo algo bem antigo, algo estilo da década de 40 ou 50, um estilo meio ultra-romântico exagerado, ultrapassado. Mas o pior é que apesar de estranho, é algo realmente bom, que não causa repulsa. É claro, não é algo que se acostume na primeira vez que se escuta, mas insistindo dá pra ver que a coisa tem qualidade. Destaque para The Opposite Of Hallelujah, If I Could Cry (It Would Feel Like This) e Friday Night At The Drive-In Bing.

Blood on the highway
Ken Hensley - Blood On The Highway

O álbum mais autoral da lista, surgiu a partir do livro que Hensley escreveu sobre os anos que passou no Uriah Heep, sobre como conseguiu a fama e as dificuldades e surpresas que encontrou pela vida. O álbum conta a história da ascensão e queda de uma estrela do rock, e sua eventual volta triunfal aos palcos. Além do próprio Hensley, cantam no álbum Glenn Hughes, Jorn Lande, John Lawton e Eve Gallagher. Destaque para (This Is) Just The Beginning, Blood On The Highway e Okay (This House Is Down).

About what you know
Little Man Tate - About What You Know

Um dos primeiros lançamentos do ano, me decepcionou um pouco por não apresentar nenhuma grande novidade em relação às músicas já conhecidas antes do lançamento. Além disso, deixou de fora várias músicas de peso, como Hello Miss Lovely e The Agent. Destaques são House Party At Boothy's, Sexy In Latin e This Girl Isn't My Girlfriend.

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Mando Diao - Never Seen The Light Of Day

Já falei desse cd num post anterior bem recente, então não vou me repetir. Destaque para Gold, One Blood e Not a Perfect Day.

Life In Cartoon Motion
Mika - Life In Cartoon Motion

Mika é um cara estranho... as músicas são extremamente pops, ele canta de um jeito meio afetado, e algumas letras não fazem muito sentido. Mas apesar disso tudo, o cd do cara é algo viciante e bem legal. Se você estiver num dia triste, só ouvir Life In a Cartoon Motion que é quase garantido que vai se alegrar. Destaques são Love Today, Stuck In The Middle e Ring Ring.

Live
R.E.M. - Live

Primeiro CD ao vivo da banda depois de mais de 20 anos de vida, apresenta a maioria das músicas do último álbum de estúdio, o Around The Sun, e outros clássicos, como Losing My Religion, What's The Frequency, Kenneth e Man On The Moon. Além dessas, destaco Drive, I'm Gonna DJ e The Ascente Of Man.

Under The Blacklight
Rilo Kiley - Under The Blacklight

Quarto álbum de estúdio da banda, apresenta um indie pop bem legal, com letras e refrões que ficam presos na cabeça logo na primeira vez que se escuta o álbum. Destaque para Dreamworld, 15 e The Moneymaker.

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The National - Boxer

Cd mais recente dessa excelente banda, volta um pouco pra linha dos dois primeiros álbuns da banda, mas trazendo junto as letras mais desenvolvidas apresentadas em Alligattor. Destaque para Mistaken For Strangers, Apartment Story e Slow Show.


Resumidamente, esses são os melhores álbuns que escutei durante o ano. Podia mencionar coisas como o primeiro álbum do The Enemy ou o segundo cd do The Honorary Title, mas decidi incluir somente aqueles que resistiram a um bom tempo de audição e que consigo ouvir a qualquer hora sem enjoar na metade.

12 de dez. de 2007

Melhores do ano - Parte 1

Bom, pra fechar o ano, decidi colocar aqui no blog o que pra mim aconteceu de mais relevante em relação à música. Melhores CDs, melhores bandas, melhor show que eu fui ou assisti, etc. Enfim, o objetivo não é fazer um top 2007, já que muita coisa que vai entrar aqui saiu em anos anteriores mas só esse ano eu acabei descobrindo. Peço que levem em conta que é uma lista totalmente pessoal, e meu objetivo não é fazer a lista definitiva do que aconteceu de melhor.

Ok, começando pelos shows, que infelizmente foram poucos, mas excelentes.

3 - Tim Festival

Já fiz um post bastante detalhado sobre o que rolou e minhas impressões de cada show. Como dito anteriormente, fui com maior expectativa pra ver Artic Monkeys, mas quem surpreendeu mesmo foi o The Killers. Uma banda que funciona muito bem ao vivo e que sabe como manter o público interessado durante todo o show.

2 - Richie Kotzen & Eric Martin

Fiquei sabendo que ia rolar o show no Opera 1 através de um amigo de São Paulo que é grande fã de Mr. Big e do Eric Martin. Como eu gostava bastante do que conhecia de Mr. Big, decidi ir ao show, e pra me acostumar consegui alguns álbuns da carreira solo dos dois. E não é que me arrependi amargamente de ter ficado tanto tempo sem conhecer os trabalhos que os caras fizeram fora do Mr. Big? Destaco toda a discografia do Richie Kotzen, e o Tak Matsumoto Group do qual o Eric Martin participou.

Mas enfim, sobre os shows em si: Eric Martin é um grande showman, tem uma presença de palco excelente e sabe dozar muito bem as músicas do Mr. Big, carreira solo e TMG. Na minha opinião, os pontos altos do show foram a abertura com Wish You Were Here, o trecho de Goin' Where The Wind Blows, To Be With You, bem, basicamente o show todo foi um ponto alto. Pena que eu não conhecia muito ainda da carreira solo do cara, e fiquei perdido em algumas músicas.

Richie Kotzen entrou logo depois, e apesar de não ser tão carismático quanto o Martin, o cara é um puta guitarrista/cantor/compositor. Infelizmente também sofri pelo fato de não conhecer muito da carreira do cara (odeio ir em show conhecendo nada de letras =/) e pelo som do lugar que não tava muito bom, na maioria das músicas era díficil entender o que ele tava cantando. Pontos altos foram as músicas Mother Head's Family Reunion, Doin' What The Devil Says To Do e, é claro, os clássicos absolutos Stand e Shine.

Pena que não rolou a jam com o Eric Martin que fizeram em todos os shows da turnê conjunta pela América do Sul, menos em Curitiba, é claro...

1 - Blind Guardian

Em um ano que Blind Guardian vem pro Brasil, não tem como acontecer um show melhor. Peço perdão a todos, mas os bardos sempre vão ocupar um posto especial entre as bandas que gosto. Eles foram simplesmente os responsáveis por eu começar a gostar de heavy metal e procurar me informar melhor sobre bandas não tão conhecidas pelo público em geral.

De todas as músicas que tocaram, só não sabia decoradas as do álbum mais recente, mas isso não importa, porque ao vivo são excelentes, e só o fato de terem tocado Punishment Divine e Lord Of The Rings exclusivamente em Curitiba já valeu. Pontos altos? O show todo, mas especialmente as duas músicas citadas, mais Born In a Mourning Hall, And Then There Was Silence, Fly... diabos, o show inteiro foi fenomenal. Pena que conhecendo o Guardian, outro desses só em 2009 ou 2010...

6 de dez. de 2007

Review - Never Seen The Light Of Day

Pra movimentar isso aqui um pouco, segue review de um cd que tenho ouvido a algumas semanas.



Ao ouvir esse disco, não espere os "yeah, yeah, yeah" de Bring'Em In, as músicas mais radiofônicas de Hurricane Bar ou a diversidade presente em Ode To Ochrasy. Em Never Seen The Light Of Day, vemos um Mando Diao bastante diferente, assumindo muitas de suas influências, e fazendo um álbum que definitivamente vai dividir os fãs em dois grupos: os que odiaram e os que amaram, não há espaço para meio-termo.

O ouvinte só vai notar a diferença lá pela terceira música, a ótima Gold, e vai perceber que está ouvindo na verdade quase uma banda de música folk. Apostando no violão e na percurssão, o álbum está bastante calmo. Há claro várias evidências de que se trata sim de um cd do Mando Diao, como nas excelentes One Blood e Mexican Hardcore, mas a experimentação é o que fala mais alto, como comprova a música título e Darlana, música instrumental de quase 8 minutos que fecha o álbum.

Não é o melhor cd que já fizeram (esse cargo ainda pertence a Ode To Ochrasy), mas mantém o bom nível e o potencial demonstrado até agora. Espero ver logo como as músicas desse álbum vão funcionar ao vivo, talvez ganhem o peso necessário pra melhorar ainda mais o resultado.

Mando Diao - Never Seen The Light Of Day - 8/10

1. If I Don't Leave Today, Then I Might Be Here Tomorrow
2. Never Seen The Light Of Day
3. Gold
4. I Don't Care What The People Say
5. Mexican Hardcore
6. Macadam Cowboy
7. Train On Fire
8. Not a Perfect DAy
9. Misty Mountains
10. One Blood
11. Dalarna