6 de jul. de 2008

Migrando

Blog migrando pro wordpress, a partir de agora não será mais atualizado nesse endereço.
Para novas postagens, acessem: http://ochrasy.wordpress.com/

15 de abr. de 2008

Jogos incentivando a aprender instrumentos musicais



Guitar Hero foi aquele tipo de jogo que não causou nenhum alarde antes de seu lançamento, mas teve grande impacto depois de lançado, gerando milhares de vídeos no youtube de gente tocando e se achando um "guitar god", além de diversas discussões se é humanamente possível ou não atingir 100% em Through the Fire and Flames no modo Expert.


Na minha opinião a melhor conseqüência do lançamento de um jogo do tipo (até agora me pergunto como não tinham pensado em fazer algo do tipo antes... é basicamente o mesmo esquema de um DDR da vida, sem o tapete ridiculo e com músicas boas) não são as horas divertidas passadas na frente da TV "tocando" clássicos do rock, mas sim o fato de que pra muitas pessoas, esse foi o primeiro contato delas com esse estilo de música.

Pode não ser 100%, mas acredito que muita gente que só se concentrava no que é pop atualmente, teve curiosidade de conhecer mais sobre rock depois de uma partida de Guitar Hero. Passaram a ver rock como um estilo divertido e agradável aos ouvidos, ao invés de se manter no esteriótipo de "música para cabeludos revoltados" que ainda persiste.


Outra coisa legal é que Guitar Hero também incentivou muita gente em deixar a vergonha ou preguiça de logo e começar a arriscar algumas notas num instrumento musical de verdade. Está certo que existe uma diferença imensa entre conseguir tocar Carry On My Wayward Son no jogo e na vida real, mas pelo menos o jogo estimula a vontade dos jogadores em querer pegar uma guitarra de verdade e tentar reproduzir as músicas e solos que viu lá.

Em uma época onde ainda é muito comum ouvir que videogames incentivam jogadores somente de forma negativa, acho até engraçado que a mídia ignore jogos como Guitar Hero e Rock Band, que apesar de não transformarem ninguém em um novo Zakk Wylde ou Mike Portnoy, são um bom incentivo pra quem, não fosse o videogame, nunca tentaria aprender um instrumento musical na vida.

14 de abr. de 2008

Dicas de sites

Antes de mais nada, vou fazer um merchan básico pro outro blog em que comecei a participar, o BNBlog, dêem uma passada por lá.

Agora umas dicas de sites pros amantes de música:


Last.fm - Antigo audioscrobbler, mistura rede de relacionamentos, foruns, vídeos e músicas em um só lugar. Após um pequeno registro e a instalação de um plug-in, o site vai armazenar estatísticas de quantos músicas você ouviu no geral, separando por diversos rankings, como as tocadas mais recentemente, um top semanal de bandas mais ouvidas, além de quais bandas e faixas mais escutou desde seu registro. Também é possível adicionar amigos lá e conferir a compatibilidade de gostos que cada um tem. Outros bonus do site é a possibilidade de ouvir rádios online, receber recomendações sobre bandas, participar de foruns específicos (semelhantes às comunidades do orkut) e assistir vídeos de seus artistas favoritos.


Musicovery - Recomendado praqueles que gostam de conhecer artistas novos ou simplesmente curtem ouvir músicas aleatoriamente, o musicovery tem um sistema onde é possível selecionar qual "clima" musical se quer ouvir no momento, selecionando os estilos favoritos que se quer ouvir. As músicas são por streaming, possuindo pouca qualidade sonora, mas satisfatória o suficiente para o que o site se propõe. Para os interessados, é possível comprar as músicas disponíveis no iTunes, Ebay ou Amazon.


Seeqpod - Semelhante ao musicovery, tem como principal diferença que a escolha de músicas não é aleatório. É possível, através de uma pequisa no site, encontrar sites que possuam mp3's e ouvi-las através de streaming. Também localiza vídeos e artigos sobre os artistas pesquisados. A vantagem é poder ir direto no artista que se gosta, porém é muito comum encontrar links quebrados, o que torna muitas vezes frustrante o processo de ouvir determinadas faixas.

11 de abr. de 2008

Ode ao passado

Por que temos tanto a tendência de endeusar aquilo que foi feito no passado e simplesmente desprezar ou colocar em um nível abaixo aquilo que surge de novo? Em matéria de rock isso é o que mais se vê: artistas (que eu particularmente acho muito bons) como Eric Clapton, Tony Iommi e John Petrucci são colocados num pedestal de infalibilidade pelos fãs; mesmo as piores músicas que já escreveram e seus maus momentos são louvados como verdadeiros momentos de genialidade.Já com nomes menos conhecidos ou que surgiram mais recentemente, a conversa é outra: ou o cara simplesmente "copia" tudo que os "mestres" já fizeram, ou está destinado a ser modinha e ser esquecido em breve (o que não deixa de ser verdade em grande parte dos casos).


Um exemplo de artista que se encaixa na categoria mencionada é John Mayer: seu começo de carreira tem uma base bastante pop (Room For Squares), porém mostrou no decorrer dos seus cds que tinha mais a oferecer do que simplesmente músicas como Your Body Is a Wonderland. A prova disso é o disco Continuum, onde se sente mais livre para mostrar suas influências de blues, soando pop sim, mas bem mais sofisticado do que 90% que se pode encontrar por aí (remetendo inclusive à face mais pop do já mencionado Eric Clapton, citando como exemplo as canções Change The World e Tears In Heaven). Mas por mais que tecnicamente seja um artista bom, simplesmente por seguir um caminho mais acessível, é desprezado pelos "verdadeiros amantes de blues e rock", que se recusam a se ouvir um artista que vende (como se ser popular significasse necessariamente estar associado ao demonio, ou pior, à elite porca capitalista que janta criançinhas em seus salões de mármore).


Minha crítica em relação a isso é que basicamente eu vejo que quem age assim peca em dois pontos principais: se torna incapaz de fazer uma análise crítica de seus ídolos, e por mais que não goste de determinado trabalho feito por estes, não consegue ser verdadeiro a ponto de admitir que os artistas que gosta têm sim defeitos, mas isso não é motivo para deixar de aproveitar o que eles produziram de bom. Já o segundo ponto é justamente naquele de ter uma visão estreita musicalmente, e preferir ficar no seu mundinho seguro a procurar coisas novas... eu tenho a opinião que o medo das pessoas não é odiar o que ouviram de novo, mas sim admitir que gostam. Imagine que vergonha, alguém que ouve gente como B.B. King ou Frank Sinatra reconhecendo talento em um cara como Jamie Cullum? Meu Deus, que escândalo, não? No final, cai sempre na mesma história: as pessoas se levam a sério demais e não são capazes de deixar um pouco a máscara que usam de lado... afinal, melhor a pose de cool e de intelectual do que admitir que tem um gosto variado, não?


P.S: Sim, esse post começou com um objetivo e acabou mudando pra outro. Se estiver confuso ou mudar subitamente de um assunto pro outro... bem, me processem.

8 de mar. de 2008

Somewhere Back In Time Tour 2008

Na última terça-feira fui ao show do Iron Maiden que aconteceu na Pedreira Paulo Leminski aqui em Curitiba. Bom, quem quiser saber detalhes técnicos como horário de entrada, setlist, problemas que aconteceram ou não, basta fazer uma pesquisa no google sobre o show, porque não tenho disposição pra fazer um post idêntico ao que já tem por aí.


Resumindo, o show foi foda, muito bom mesmo e vai ser difícil algum show que eu for esse ano superar a qualidade do que vi por lá. Bruce Dickinson canta muito, e a banda tem um entrosamento monstruoso, não é a toa que há mais de 20 anos é considerada como a maior banda de heavy tradicional do mundo. O set estava perfeito, e apesar de uma ou outra preferida não ter entrado, não trocaria nada dele. Ficou bem balanceado entre os álbuns abrangidos, apesar da clara preferência por músicas do Powerslave, que teve metade do álbum apresentado.


Se houve problemas, teve mais a ver com a falta de educação de grande parte dos presentes e do já habitual atraso para a abertura dos portões, que estava marcada para as 14h e só foi efetivamente acontecer lá pelas 15h e pouco. Eu sei que é normal em um show rolar de pessoas tentando passar na sua frente (e nunca são pessoas mais baixas do que você, e sempre tem algum amigo que "está mais pra frente esperando"), e que rola algum empurra-empurra em determinados momentos, mas nesse show a repetição das duas situações foi muito maior do que qualquer outro show que já vi. Tanto que acabei cedendo meu lugar e fui mais para atrás de onde estava, caso contrário em vez de prestar atenção no show, acabaria ou passando mal, ou perdendo as duas horas de show lutando pra permanecer onde estava, me preocupando em conseguir equilíbrio pra ficar de pé.

Resumindo, apesar desses pequenos problemas relativos a fãs mal-educados que acham justo eles poderem ver o show o mais perto possível e com conforto, mas os demais pagantes não, foi um show excelente. Caso a promessa que o Bruce Dickison fez de retornar ano que vem ao Brasil (e possivelmente Curitiba) seja cumprida, irei sem dúvida... mas é claro, pagando ingresso na área VIP pra não me incomodar tanto com falta de educação.





20 de fev. de 2008

Afinal, o que eu devo escutar?

Provavelmente um dos maiores problemas que surgem quando se começa a querer se aprofundar em um ou mais estilos musicais é o gigantesco número de referências a que se é exposto. Por exemplo, para alguém que começou a ouvir Heavy Metal agora, decidir o caminho porque seguir não é algo necessariamente fácil - para alguém novo no estilo, fica a impressão que é imprescindível conhecer a discografia completa do Black Sabbath, Iron Maiden, Judas Priest, Deep Purple, só pra citar os "pilares" mais conhecidos sobre quais o estilo se apoia.

E é claro, sempre vai surgir o purista que vai dizer pro novato que o que ele escuta não é música de verdade, que ele precisa ouvir as bandas x e y pra conhecer o que realmente é o estilo. Em se tratando de rock, isso é bastante acentuado, ainda mais porque o estilo está cheio de "deuses" intocáveis. "O que, não conhece Led Zeppelin? Como ainda tem a coragem de dizer que gosta de rock?" ou "Vai dizer que ainda não ouviu Rubber Soul dos Beatles? Nossa, vai ouvir pagode cara" são comuns de se ouvir quando alguém que está se iniciando nesse mundo.

Mas e ai, como prosseguir? Ir direto aos clássicos do estilo ou começar aos poucos, ouvindo mais bandas não tão expressivas no cenário como um todo mas que agradem ao ouvido, e depois disso procurar algo semelhante? Minha dica é misturar um pouco das duas alternativas, e não ter medo de gostar de coisas consideradas mais "pops" ou de dizer que não gostou de algum "clássico".

Vou usar como exemplo a experiência pessoal:
Quando comecei a me interessar mais por rock como algo mais do que somente música, a banda que eu me apaixonei de cara foi o Blind Guardian. Durante meses era só o que eu ouvia, decorei a grande maioria das letras, comprei a discografia quase completa (o que me fez gastar pela primeira vez na vida mais de 30 reais em um CD), enfim, era o dia inteiro Blind Guardian. Durante esse tempo, aproveitei pra conhecer bandas que tiveram alguma influência sobre o grupo, como o Uriah Heep (banda mais subestimada da década de 70 em minha opinião), mas foi só quando surgiu o Dream Theater que deixei de lado o Blind... pra me afundar em um vicio ainda maior pela banda de metal progressivo.

Foi nessa época que comecei a pesquisar mais sobre biografias de bandas, e a me interessar pelos chamados projetos paralelos dos membros. Foi a partir dai que realmente comecei a me aprofundar mais em música e a procurar conhecer coisas novas, que fujam do lugar comum. Pra não tornar a coisa muito longa, hoje além de heavy metal, curto coisas dos mais diversos estilos dentro do rock, passando pelas raízes encontradas no blues, até coisas mais modernas como o indie rock do Arctics Monkeys.

Onde quero chegar com tudo isso? Basicamente é, se você tá começando a curtir música agora, curta sem medo. Não precisa ir atrás de tudo que te recomendarem nem gostar de primeira de alguma coisa só porque o senso comum diz que aquilo é um clássico e é obrigatório constar na sua discografia. Mas também não se prenda somente a determinado estilo ou a meia dúzia de bandas, experimente, corra atrás de bandas novas e procure saber as influências de seus ídolos e ir atrás delas.

Assim, além de conhecer cada vez mais sobre essa coisa apaixonante que é música, vai poder criar um gosto próprio e não ser tão influenciado pelo senso comum do que é a "boa música". E durante o processo, se tudo der certo, vai aprender a ter paciência quando for sua vez de ajudar alguém que está se iniciando nesse mundo e procurar boas dicas do que ouvir.

6 de fev. de 2008

Review: Ringo Starr - Liverpool 8

Um dos primeiros lançamentos de 2008 que consegui escutar, o mais novo álbum solo do baterista (e mais esquecido entre os membros) dos Beatles não decepciona, mas também não se tornará um clássico na lista de ninguém.

Liverpool 8 é um álbum de pop-rock das "antigas", por assim dizer. Acho que o mais apropriado seria dizer que Ringo se mantém fiel à primeira fase dos Beatles, com canções "upbeat" sobre amizade, amor, etc. É um rock mais tradicional, que presa mais o básico do estilo, sem se arriscar muito em coisas que se tornaram padrão, como guitarras distorcidas e sintetizadores.

Acredito que o maior problema do álbum reside justamente na voz de Ringo Starr, comprovadamente a mais fraca dentre os quatro Beatles. Apesar de não ter grande alcance nem variar muito de tom, acaba não comprometendo em nada o álbum. Recomendo especialmente pra quem procura um álbum de rock mais relaxado, sem necessariamente ter que apelar pra títulos acústicos.

Lista das músicas:

1. Liverpool 8
2. Think About You
3. For Love
4. Now That She's Gone Away
5. Gone Are The Days
6. Give It a Try
7. Tuff Love
8. Harry's Song
9. Pasodobles
10. If It's Love That You Want
11. Love Is
12. R U Ready?

31 de jan. de 2008

Crença religiosa e música

Ok, ok, pelo grande número de exigências, cartas chegando sem parar e ameaças de morte caso eu parasse de postar, decidi que era melhor atualizar isso aqui pra não pensarem que eu desisti (ok, algumas dessas coisas ai não são necessariamente verdade).


Aviso: assunto "delicado", se você faz parte da Igreja Universal do Reino de Deus, algum grupo neonazista ou é algum islâmico fanático, não leia isso (mas afinal, não é tudo a mesma coisa?)


Então, tava eu aqui ouvindo Neal Morse quando me veio o seguinte pensamento: O cara canta bem, tem uma banda boa, mas o tema das canções é sempre o mesmo, a devoção a Deus. Eu pessoalmente não acredito muito nisso, mas como gosto do trabalho do cara ouço tranquilamente, e respeito o bastante pra não me ofender pelas opiniões que ele tem sobre religião.

Mas dai eu fico pensando: Po, o cara abandonou o Spock's Beard e o Transatlantic por causa disso, por achar que devido à sua conversão como um cristão renascido, tinha como dever somente compor e cantar músicas que tivessem temática cristã... mas pra que isso? Será que não dá pra conciliar a fé récem adquirida com um trabalho que não necessariamente fale sobre religião?

Digo, é óbvio que o cara não ia cantar temas falando mal da religião dele, ninguém pede isso... mas pow, rejeitar o que fazia antes e deixar na mão não só fãs, mas o resto da sua banda que trabalhou com você durante anos não é um pouco de exagero?

Talvez o caso mais conhecido no Brasil de alguém que fez isso seja o do Rodolfo, primeiro vocalista da banda Os Raimundos (na época em que ainda fazia algum sucesso) e é claro, as famosas apresentadoras de programas infantis ou ex-chacretes que encontraram Jesus e agora fazem propaganda da Universal do Reino de Deus.

O resumo da história é o seguinte: Rodolfo era um cara que cantava músicas com letras bastante xulas enquanto estava no Raimundos. De uma hora pra outra *puff*, decidiu que tudo aquilo não passava de uma indecência, brigou com os outros membros e fundou uma banda que só teria letras com o selo de garantia "aprovado by Deus", chamada Rodox.

Tudo parecia bem: enquanto Raimundos gozou de um pouco de popularidade, pra logo haver uma debanda geral de membros e fãs, e ser relegado ao time de bandas "oh meu deus, isso ainda existe?", o Rodox tava por aí tocando pra públicos pequenos e sem muito destaque em geral. Até que uns meses atrás surge a notícia de que o Rodox tava acabando, porque o Rodolfo não conseguiu converter os demais membros, e basicamente disse "se vocês não fazem e pensam que nem eu mando, então acabou a brincadeira".

Ok, tudo bem, tenha sua religião, mas pow, cade a tal mensagem de tolerância e "ame os outros da forma como eles são", que pelo menos pra mim que não entendo muito, são básicas em qualquer tipo de religião? Por mais que eu não entenda, tudo bem, se quer cantar só sobre determinado tema e acha que sua missão é espalhar a mensagem de Deus pros outros, ótimo, espero que seja feliz.

Mas simplesmente rejeitar e desprezar pessoas que trabalharam com você porque você não convenceu elas a seguirem o mesmo caminho, e dar como desculpa o fato de que elas não foram capazes de ouvir a palavra de qualquer entidade que se venere, pra mim além de uma demonstração imensa de babaquice, mostra bem o quanto religião é algo deturpado hoje em dia. "Junte-se a nós e obtenha a salvação, caso contrário queime no inferno": quantas pessoas e instituições não usam uma propaganda parecida com isso, e ainda tem coragem de se auto-denominar iluminados e bons?

Bom, a postagem termina por aqui, sei que fugi bastante do tema música, mas whatever =P. E por favor, se alguém for comentar aqui, que não seja me xingando nem amaldiçoando minha familia a queimar eternamente, eles não tem culpa da minha opinião.

10 de jan. de 2008

2008, so far, so what?

Então, 2008 chegou e bem, nada de muito novo, continua sendo um dia após o outro, e até agora nenhum grande desastre mundial ou a segunda vinda de Jesus aconteceu. E como nada mudou, minha disposição pra postar no blog também continua a mesma, ou seja, muito baixa =P

Então basicamente eu tava pensando que nunca expliquei porque no meio de um monte de blogs e sites bem mais conhecidos, conceituados (e com conteúdo melhor, devo admitir), ainda mantenho um blog sobre um assunto que divide tantas opiniões como música. Ainda mais sem uma "linha editorial" bem definida, uma hora eu to falando de bandas de Heavy Metal e outra to falando da banda indie que é o hype da semana. Bom, não que eu precise me justificar, mas eu gosto de falar sobre os motivos que me levaram a criar e ainda manter vivo o blog.

Decidi falar de música simplesmente porque é uma das poucas coisas no mundo que eu posso dizer que realmente amo e que sinto que faz parte de mim, é algo que eu simplesmente não conseguiria me ver vivendo sem. Ouvir música é algo que eu consigo ouvir a qualquer hora do dia sem me incomodar nenhum pouco, e que sempre dá um jeito de me empolgar.

É dificil explicar o quanto a música é algo importante pra mim.... não é simplesmente o ritmo, as letras, os sentimentos que expressa... é tudo isso sim, mas algo mais, algo quase impossível de explicar, que me fascina em diversos estilos e faz com que eu queria conhecer cada vez mais coisas, indo cada vez mais fundo naquilo que eu gosto. Só o ato de ouvir uma determinado banda ou música em específico me ajudou a superar muitos momentos ruins da minha vida, e não seria exagero dizer que certas bandas foram verdadeiras "amigas" quando eu precisava de ajuda, ouvir que não era só eu que sentia determinadas coisas e que eu não estava sozinho (OMG, isso soou tão nerd-solitário agora =P).

Talvez por isso que eu seja tão sério, exigente (e muitas vezes chato pra cacete, admito) quando se trata de determinadas "bandas" ou "grupos". Sim, é impossível disassociar a música do lado comercial, mas uma coisa que me irrita profundamente são esses coisas pré-fabricadas que surgem de tempos em tempos e se tornam a grande moda passageira, em que todos que não gostam ou criticam são pessoas chatas que não são capazes de "relaxar e se divertir".

Bom, eu não funciono assim, se eu gosto de uma coisa sou sério em relação àquilo e procuro conhecer a fundo. Pra mim tão importante quanto a habilidade do artista, as melodias e letras, é conhecer sua história pessoal e suas influências. Só assim acho que consigo obter respeito pela pessoa e entender realmente o trabalho que faz (e bem, preciso aprender logo algum instrumento, acho que isso me ajudaria a me aproximar ainda mais dos trabalhos que gosto). Enfim, resumidamente é por isso que eu escrevo sobre o que escrevo, porque é algo tão forte que eu não consigo guardar só pra mim, porque eu acredito que o minimo que posso fazer é tentar fazer surgir nos outros o mesmo tesão que tenho por música.